segunda-feira, 27 de maio de 2013

Adiada mais uma vez a inauguração da escultura do Rei Pele'


Como havia anunciado aqui oficialmente a data da inauguração, devo comunicar que, por problemas técnicos, foi adiada mais uma vez a inauguracão da minha escultura do Rei Peléno Novo Maracanã.
E pra não perder a viagem, publico alguns momentos desse trabalho que me exigiu tremenda concentração, aplicação técnica e sensibilidade pra traduzir a energia do Rei para o meu traço no bronze.

Estudo reduzido da escultura, modelado em plastilina. É o momento em que posso experimentar tudo que desejo colocar na peça em tamanho natural: o movimento, a posição de instalação, o panejamento, a musculatura, as proporções e a energia da explosão do movimento. Esse "mini Pelé" também será reproduzido em bronze e será a lembrança, em forma de obra de arte, do estudo real que originou a escultura do Maraca. O Rei pelé certamente terá a sua, que provavelmente será a de número 001. 
Esse é o momento mais importante e vai definir tudo até o final em bronze. Aqui consulto as referências fotográficas, e os desenhos que fiz do Rei durante toda a minha vida de caricaturista na imprensa para colocá-los em terceira dimensão. É a minha "cariscultura".
Considero a cabeça e as mãos os pontos que carregam a maior energia de expressão do corpo humano.  E neles deposito toda a minha energia. Por isso os faço em casa, no sossego e no maior conforto possível. Terminado essa fase, os carrego pra fundição pra iniciar a modelagem da peça em tamanho natural. Tendo como referência o estudo reduzido, instalo a cabeça e as mãos no esqueleto que vai receber a plastilina, e tudo é construído em volta deles.
Toda a construção da peça foi inspirada no soco no ar. Para me aproximar da realidade que iria trabalhar, pendurei a peça a uns 15 centímetros do chão, e nessa configuração, tive possibilidade de trabalhar os movimento e tudo que fosse necessário pra imprimir a energia do movimento clássico eternizado pelo Rei. Nesse trabalho pude inovar trabalhando toda a modelagem em plastlina, no lugar da tradicional argila.
Aqui o trabalho já foi enformado e retirada a cera que eu estou retocando. Esta é a famosa cera perdida, que é como chamamos essa técnica de escultura. Retoquei duas cabeças em cera para que pudesse minimizar os riscos de um defeito de fundição. O que certamente me roubaria um tempo precioso.
Aqui a peça já montada, soldada e ainda inacabada, em fase de acabamento fino. É o momento de maior esforço físico, pela dureza do metal, e o mais delicado. Qualquer erro aqui pode custar caro para o resultado final. Notem que a cor do metal é essa. Depois de finalizada ela recebe tratamento para envelhecimento, o que a deixa na cor escurecida que todos estão acostumados a ver.

3 comentários:

  1. O espírito da auto-crítica de todo artísta criador de sua arte, atormenta o mesmo até que o feito-realizado-perfeito traz a paz da contemplacao .. da arte acabada e saciada ,com a certeza do despejo que o dom lapidou ... o dom de poucos ... para a contemplacao de muitos !!! Abracos Ique !! Junior Trinnes

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  2. Nossa, incrível! O movimento está perfeito! Parabéns mais uma vez!!

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